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Praticamente um a cada cinco empresários espera deterioração no ambiente de negócios nos próximos seis meses

A proporção de empresários do setor de serviços que avaliam o ambiente de negócios como ruim superou os 50% em junho, segundo a Fundação Getulio Vargas (FGV). A percepção sobre a demanda também piorou neste mês, e as expectativas foram na mesma direção. Praticamente um a cada cinco empresários espera deterioração no ambiente de negócios nos próximos seis meses.

Em junho, o Índice de Confiança de Serviços (ICS) caiu 4,5%, influenciado principalmente pelo recuo de 8,0% no Índice de Situação Atual (ISA). O Índice de Expectativas (IE) também registrou resultado negativo, com queda de 2,4% sobre o mês anterior.

A piora do ISA foi determinada sobretudo pela queda de 9,0% do indicador que mede o grau de satisfação com a situação atual dos negócios. A proporção de empresas que avaliam a situação como boa diminuiu de 10,4% para 9,0%, e a parcela das que a avaliam como ruim aumentou de 46,1% para 50,5%. Em relação à situação atual, houve ainda recuo de 6,8% do indicador de volume de demanda atual.

Em termos de expectativas, o indicador que mede o otimismo com a evolução da situação dos negócios nos seis meses seguintes caiu 3,9% frente a maio, e o que capta a expectativa com a evolução da demanda nos três meses seguintes recuou 0,8%. A proporção de empresas esperando melhora da tendência dos negócios passou de 25,2% para 22,7% do total, e a parcela das que esperam piora aumentou de 18,0% para 19,7%.

“A piora mais acentuada do indicador com horizonte de seis meses que no de três meses confirma que o setor ainda não antecipa alguma melhora do ambiente de negócios”, notou a FGV.

Índice de confiança

O Índice de Confiança de Serviços (ICS) recuou 4,5% na passagem de maio para junho, na série com ajuste sazonal, informou a FGV. Com o resultado, o ICS saiu de 84,5 pontos para 80,7 pontos no período, o menor nível da série, iniciada em junho de 2008.

“A avaliação das empresas de serviços prossegue bastante negativa ao final do segundo trimestre, sobretudo em relação à situação corrente dos negócios. Inflação elevada, mercado de trabalho em queda e elevação do custo financeiro seguem afetando, de modo generalizado, a confiança do setor. Os indicadores de junho não trazem sinalização de melhora no curto prazo”, disse o economista Silvio Sales, consultor da FGV, em nota.

Ao todo, nove das 12 atividades investigadas tiveram recuo na confiança na passagem do mês. O resultado foi determinado tanto pela avaliação sobre o momento corrente quanto pelas expectativas.

Em junho, o Índice de Situação Atual (ISA-S) teve queda de 8,0%, para 56,7 pontos, após recuo de 6,8% em maio. Já o Índice de Expectativas (IE-S) caiu 2,4%, para 104,8 pontos, após avanço de 1,6% na mesma base de comparação. A coleta de dados para a edição de junho da sondagem foi realizada entre os dias 3 e 26 deste mês.

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