Quando a humanidade pisou pela primeira vez na Lua, a bandeira fixada por lá foi a dos Estados Unidos.
Não podia ser diferente: a corrida espacial, se era uma aventura em prol da ciência e do avanço humano, era também uma disputa da Guerra Fria entre EUA e União Soviética. Fincar a bandeira americana em solo lunar deixava claro quem tinha ganhado aquela batalha.
Contudo, sempre se questionou: e se uma bandeira “universal” (ou pelo menos “terráquea”) tivesse sido escolhida? E se existisse um símbolo para nosso planeta, não para uma única nação?
Sobre esse episódio espacial, o escritor americano Elwyn Brooks White certa vez refletiu: “É claro que faz parte da tradição do explorador fincar uma bandeira no solo, porém, enquanto assistíamos com reverência, admiração e orgulho, percebemos que nossos dois amigos eram homens universais, e não de uma só pátria, e deviam ter se equipado de acordo. À maneira de todos os grandes rios e mares, a Lua pertence a todos e a ninguém. É uma pena que, em nosso momento de triunfo, não tenhamos renegado a famosa cena de Iwo Jima e, em vez disso, plantado um emblema a todos: um lenço branco e frouxo”.
Uma criação do designer sueco Oskar Pernefeldt pode resolver esse impasse.
Como trabalho da Faculdade de Design Beckmans, de Estocolmo, em parceria com a agência BSmart, Oskar decidiu oferecer aos líderes mundiais a ideia de uma bandeira da Terra.
De fundo azul, ela traz sete círculos brancos entrelaçados. O símbolo formado no centro da bandeira remete à “flor da vida”, símbolo presente desde a arte da Mesopotâmia, passando por desenhos islâmicos e o artesanato japonês clássico.
A ideia é ela que seja usada em missões espaciais, identificando a Terra na Lua ou, quem sabe, em Marte. A bandeira também poderia aparecer em eventos como encontros de líderes mundiais e nos Jogos Olímpicos.
“Os anéis estao ligados um ao outro, representando como tudo no nosso planeta, direta ou indiretamente, está ligado”, explicou Oskar.
“Esse projeto quer lembrar os habitantes da Terra que nós dividimos esse planeta, independente de fronteiras nacionais, e que devemos tomar conta uns dos outros e do planeta em que vivemos”, disse.
Confira o vídeo que mostra a criação da bandeira:
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